(Português do Brasil) Como medir o surto do novo coronavírus? (V.3, N.4, P.6, 2020)

Facebook Instagram YouTube Spotify

Disculpa, pero esta entrada está disponible sólo en Português do Brasil. For the sake of viewer convenience, the content is shown below in the alternative language. You may click the link to switch the active language.

Tiempo de leer: 2 minutos

Disculpa, pero esta entrada está disponible sólo en Português do Brasil. For the sake of viewer convenience, the content is shown below in the alternative language. You may click the link to switch the active language.

#acessibilidade Foto de um homem espirrando com muitas gotículas indo a uma grande distância, contrastando com o fundo preto da imagem.

Texto escrito pela colaboradora Paula Bohnstedt

New coronavirus outbreak: Framing questions for pandemic prevention disponível em Science Translational Medicinevolume 12, Issue 534, eabb1469 (2020)

O surto de uma doença infecciona pode ser medido por meio do seu número R0, o número reprodutivo. Esse artigo traz um conceito importante sobre o R0, o qual está relacionado ao número de pessoas para as quais o vírus pode ser transmitido a partir de uma pessoa infectada. Se esse valor for maior que 1 (um), R0>1, os casos são estatisticamente capazes de transmitir a infecção para casos secundários. No entanto, tendo esse número igual ou menor que 1 (um), R0≤1, a probabilidade de transmissão é muito pequena, acabando rapidamente a transmissão. As estimativas atuais para o surto de SARS-CoV-2 na China, tem R0 variante de 2,5 a 2,9 e taxa de letalidade de 2,3% para todas as idades.

A principal questão sobre a pandemia atual está relacionada ao elevado R0 quando comparado a outros surtos de coronavírus, como a Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS) de 2002-2003 e a Síndrome Respiratória do Oriente Médio (MERS) de 2012-2015, que têm estimativas que sugerem R0<2 em ambos os casos. O valor do R0 pode ser estimado com modelos matemáticos básicos de surtos epidemiológicos de coronavírus, podendo ter uma precisão que depende da qualidade do modelo de transmissão e dos dados utilizados.

Para ter estimativas mais confiáveis é preciso levar em consideração as diversas variáveis existentes, como a interação patógeno-hospedeiro (vírus-homem) e a condição atual da sociedade. Ainda, no caso da SARS-CoV-2, o fato de pessoas assintomáticas também transmitirem o vírus também deve ser considerado. Modelos matemáticos complexos levando em consideração as variáveis citadas podem exigir tempo e esforço para serem desenvolvidos e serem validados (geralmente meses a anos).

Diante de poucas informações, vários grupos matemáticos nos Estados Unidos, China e Europa estão trabalhando de forma independente para prever a propagação de infecções por COVID-2019, ajudando a entender a atuação desse vírus. Infelizmente, na área médica, ainda não existem vacinas ou medicamentos, mas o artigo traz a importância das restrições das viagens, quarentena e isolamento social para proteger grandes populações e, ainda, diz que, para tomarmos medidas ideais, precisamos primeiro ter uma compreensão dos fatos que impulsionam o surto do COVID-19.

#fiqueemcasa

Esse texto foi originalmente publicado na página eletrônica do Programa de Pós-graduação em Ciência e Tecnologia/Química – UFABC como resultado do projeto de extensão «Implementação/manutenção de um programa de extensão na pós-graduação em Ciência e Tecnologia / Química»

Fontes:

Fonte da imagem destacada: Freerange Public Domain Archives em Free Arrange Stock

Para ler o artigo original na íntegra, acesse: https://stm.sciencemag.org/content/12/534/eabb1469

Para saber mais:

Confira outros textos do Guia sobre a COVID-19

 

Compartilhe:

Leave a Reply

Your email address will not be published.Required fields are marked *