(Português do Brasil) O sapo não lava o pé, mas tem chulé? (V.2, N.6, P.2, 2019)

Facebook Instagram YouTube Spotify

Sorry, this entry is only available in Português do Brasil and Español. For the sake of viewer convenience, the content is shown below in this site default language. You may click one of the links to switch the site language to another available language.

Reading time: 2 minutes

Sorry, this entry is only available in Português do Brasil. For the sake of viewer convenience, the content is shown below in the alternative language. You may click the link to switch the active language.

#acessibilidade Um sapinho de cerâmica deitado dentro de uma banheira, com a cabeça, braços e pernas para fora. Uma das pernas esticada para o alto. Há também uma toalha pendurada na lateral da banheira.

O chulé é aquele cheiro desagradável que sentimos, normalmente após tirar os sapatos. Fica pior se o sapato tiver sido usado sem meias. Mas você sabe o que causa esse odor? O nome formal do chulé é podobromidrose. Bromidrose refere-se a odor corporal de forma geral e ocorre por exemplo nas axilas (ou sovaco). O prefixo podo indica pés, então, ao pé da letra, significa mau cheiro nos pés.

Quando estamos com calor, ficamos suados. Nossos pés também suam quando esquentam. O ambiente quente e úmido dentro do sapato favorece a multiplicação de organismos como fungos e bactérias que, quando estão ativos, se multiplicam e se alimentam dos restos de pele e sujeira associados a nossos pés e calçados, liberando gases que têm cheiro ruim no processo.

Manter a higiene dos pés com banhos diários, manter os sapatos limpos e secos e usar calçados mais abertos podem ajudar a diminuir o chulé. Em casos mais sérios é possível procurar um médico dermatologista seja para tratar o excesso de suor, seja para tentar diminuir as bactérias e fungos residentes nos pés. Essas medidas ajudam a diminuir odores em outras partes do corpo também. Todos nós apresentamos milhares de bactérias e fungos vivendo em nossa pele, especialmente em áreas mais escondidas e quentes, como as axilas, a virilha e as dobras dos braços e pernas. Quanto mais escondido, quente e úmido, maior a quantidade de microrganismos. E aí voltamos ao início, sapos têm chulé?

Anfíbios são animais muito comuns em ambientes tropicais, que são quentes e úmidos. Como será então que sobrevivem sem serem atacados por fungos e bactérias? Anfíbios tomam banho? Não! Mas a pele dos anfíbios, além de apresentar a função de proteção e respiração, também apresenta secreções com substâncias que agem contra bactérias e fungos. Essas substâncias têm potencial farmacêutico e são ainda pouco conhecidas. Estamos também começando a entender a relação entre a saúde dos anfíbios e a comunidade de organismos que vive em sua pele, a microbiota. Ao que parece, a combinação certa de bactérias e fungos na pele pode proteger esses animais ao invés de prejudicá-los. Assim, o sapo não lava o pé, mas não tem chulé!

Fontes:

Fonte da imagem destacada: Pixabay

Reis, G.M.D.; Guerra, A.C.S.; Ferreira, J.P.A. 2011. Estudo de pacientes com hiperidrose, tratados com toxina botulínica: análise retrospectiva de 10 anos. Rev. Bras. Cir. Plást. 26 (4). http://dx.doi.org/10.1590/S1983-51752011000400008

Para saber mais:

https://drauziovarella.uol.com.br/doencas-e-sintomas/odor-corporal-bromidrose/

https://www.sbd.org.br/doencas/bromidrose/

Compartilhe:

Leave a Reply

Your email address will not be published.Required fields are marked *