#acessibilidade Pílulas de várias cores, formatos e tamanhos.
As opções efetivas de contracepção masculina se concentram na: (1) utilização de preservativos nas relações sexuais; ou (2) realização da vasectomia, um simples procedimento cirúrgico em que o ducto deferente é seccionado bilateralmente, através de uma pequena incisão escrotal. Os preservativos são altamente eficientes contra infecções sexualmente transmissíveis, mas podem não ser adequados como estratégia contraceptiva para o casal. As taxas de gravidez para casais que usam o preservativo como único meio de contracepção se aproximam de 15 a 20% ao ano. Já a vasectomia é mais apropriada para homens que não desejam qualquer fertilidade futura, entretanto em torno de 5% dos homens vasectomizados solicitam reversão, geralmente devido a um novo casamento e o desejo de ter filhos.
A pesquisa para o desenvolvimento de novos métodos de contracepção masculina hormonais e não-hormonais tem se destacado nos últimos anos até com a criação de um Consórcio Internacional para a Contracepção Masculina.
Abordagens hormonais que interferem o eixo hipotálamo-hipófise-testicular têm se mostrado promissoras em ensaios clínicos, como é o caso da dimetandrolona undecanoato (DMAU). Porém, os efeitos em longo prazo do uso de hormônios na vida reprodutiva masculina são desconhecidos e podem levar décadas para serem esclarecidos. Por outro lado, muitos pesquisadores estão tentando identificar e estudar um anticoncepcional masculino não-hormonal por ser mais atraente para os homens, uma vez que evita qualquer impacto nas concentrações de testosterona ou na função sexual. Várias drogas têm sido identificadas como as vacinas contraceptivas que atuam para bloquear diferentes aspectos da produção de espermatozoides; bloqueadores dos canais de Ca2+, fundamental para motilidade e capacitação dos espermatozoides; análogos do ácido indazol-3-carboxílico que atuam sobre a estrutura do epitélio seminífero; entre outros. Estes métodos parecem promissores, mas exigirão vasto estudo antes de serem testados em humanos.
Diante das várias abordagens para o estudo do controle da fertilidade envolvendo os aspectos morfofuncionais dos testículos no futuro será possível o desenvolvimento de um anticoncepcional masculino seguro, eficaz, reversível e acessível à população.
Fontes:
Fonte da imagem destacada: image created by Topntp26 – Freepik.com
John K. Amory. Male Contraception. Fertil Steril. 2016. Nov; 106(6): 1303-1309.
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC5159259/pdf/nihms812486.pdf
Para saber mais:
International Consortium for Male Contraception (ICMC) – http://www.ic-mc.info/