#acessibilidade Ilustração de céu noturno com nuvens na parte inferior e estrelas, cometas e meteoros na parte superior.
O céu noturno é fascinante: bastam alguns minutos olhando para ele e conseguimos perceber detalhes, cores e desenhos. Assim como o Sol e a Lua, as estrelas surgem sempre ao leste e se põem no oeste; como personagens principais, passeiam por todo o céu e fazem deste passeio um show de luzes e formas.
A humanidade sabe dos encantos do céu noturno há muito tempo: nossos ancestrais notaram por várias vezes estrelas com caudas brilhantes que riscavam o céu por poucos instantes e sumiam com rapidez. Deram para elas o nome de estrelas cadentes, e provavelmente foi com esse nome que você ouviu falar sobre meteoros pela primeira vez.
Infelizmente, devo te explicar que estrelas cadentes não existem, porque estrelas não caem do céu. O ponto brilhante na verdade é um meteoro: um pedaço de poeira espacial que foi capturado pela gravidade da Terra e, por causa do atrito com os gases da atmosfera enquanto ele entrava muito rápido no nosso planeta, pegou fogo e ganhou uma “cauda”, que durou poucos instantes até ele ser destruído.
Pode ser que você ache estranho o fato de existir poeira no espaço, mas existe uma explicação bem simples para isso: ela é um rastro de outros corpos do universo. No nosso sistema, existem diversos pedaços rochosos e metálicos com tamanhos variados que, assim como os planetas, orbitam o Sol: eles são os asteroides. A maioria deles está entre Marte e Júpiter, formando o que conhecemos como cinto principal. Quando eles se chocam, podem liberar pedaços rochosos no espaço. A teoria mais provável sobre a origem desses corpos diz que eles são materiais que nunca fundiram-se para formar um planeta. Sabe o que os torna ainda mais interessantes? Eles estão aqui desde os primórdios da formação do Sistema Solar!
#acessibilidade Representação do cinto principal entre as órbitas de Marte e Júpiter, com asteroides e planetas orbitando o Sol. Ao lado, charge representando a colisão de dois asteroides, gerando pedaços rochosos. Um dos asteroides diz: “De novo, Arlindo?” e o outro responde “Opa, Zé!”
Além de planetas e pedaços rochosos, existem pedaços de gelo arenoso orbitando o Sol. A órbita deles é muito elíptica, diferente da órbita dos planetas, que é quase circular. Por causa disso, há épocas em que estão muito distantes do Sol e épocas em que estão mais próximos. Quando estão próximos o suficiente, por serem feitos de gelo, “derretem” e liberam gás e poeira, deixando um rastro por onde passam: esses são os cometas. Conseguimos enxergar esses viajantes até mesmo quando estão muito distantes da Terra, exatamente por causa desse rastro que conhecemos como cauda. Diferente dos meteoros, os cometas podem permanecer no céu por muitos dias.
Devido à sua órbita, muitos cometas demoram anos para passar pela Terra. Você deve conhecer o mais famoso deles: o cometa Halley. Ele demora cerca de 75 anos para passar pela Terra, ir até o ponto mais distante do Sol e voltar na nossa direção, mas existem outros cometas que demoram milhares de anos para fazer esse trajeto!
#acessibilidade Representação do planeta Terra com uma órbita quase circular e do cometa Halley com uma órbita elíptica. Ambos orbitam o Sol ao centro.
São esses pedaços de asteroides e rastros de cometas que formam o que conhecemos como poeira espacial. Eles são partes de corpos maiores, que participaram da formação do nosso sistema e que já viajaram para pontos muito distantes dentro dele. No final das contas, as estrelas cadentes carregam em si muita história para contar.
Fontes:
Fonte da imagem destacada: Pedro Saraiva
Fonte da imagem 1: Pedro Saraiva
Fonte da imagem 2: Pedro Saraiva
http://astro.if.ufrgs.br/solar/asteroid.htm#intro
http://www.observatorio.ufmg.br/pas02.htm
https://www.ufmg.br/espacodoconhecimento/asteroides-e-meteoros/
http://www.observatorio.ufmg.br/pas56.htm
Para saber mais:
Cosmos – Carl Sagan
https://www.sobiologia.com.br/conteudos/Universo/sistemasolar7.php
https://www.sobiologia.com.br/conteudos/Universo/sistemasolar7.php
Vídeo Astronomia: Uma visão Geral I – Pgm 18 – Cometas do canal da UNIVESP no YouTube
Outros divulgadores: